quinta-feira, 16 de outubro de 2008

[aos vinte e poucos anos]

Vinte e quatro não são quinze
Aos quinze, voltava pra casa cedo e não questionava
Tinha amigas meninas saidinhas e caretas
Matine de domingo e uma cervejinha escondida porque achava feio
Já fumava e roubava cigarros

Beijava de vez em quando um.
Às vezes outro, mas nada de namoro

Tava no primeiro ano
Ano que antecederam as mudanças
Ano que se vivencia muitas coisas

Quinze não são trinta
E pros trinta faltam seis

Vinte Quatro até o cinco... Liberdade
Vôo sozinha sem ninguém
De baixo da saia da mãe
E o encosto que se torna o Pai
Ciumento, possessivo... Herói

Meu eterno herói

Voltar pra casa e não ouvir ninguém
Os problemas serem seus
As contas suas
E o dinheiro da balada poupado

Aos quinze não cozinhava, nem passava
só dormia e aproveitava
Agora, aprender tudo pra não falhar sozinha

Sonho do só_zinha
Minha casa, minha cozinha, minha bagunça
E um único convidado para dormir comigo
Que bom que vinte e quatro não são quinze

[sós]

Nenhum comentário: