quinta-feira, 27 de março de 2008

[des] construção latina

Reescrevendo a História Latino Americana, nos trás um panorama da história e acima de tudo, da dificuldade de inserção da arte latina na arte universal. Frederico Morais, autor do texto, explora os elementos históricos de forma bem contextualizada e dinâmica para compreensão dos motivos pelos quais a arte latina foi tão “excluída” por uma cultura européia.

De fato que na historia latina possuímos grandes ícones que contribuíram para formação e propagação do nosso percurso. De paises colonizados, escravos e marginalizados, encontramos verdadeiros artistas que fizeram e marcaram pontos na historia da arte. Revoluções, ditadura, preconceito, racismo, nossa arte é política, e sim sofreu e sofre influências estrangeiras, mas com toda certeza a historia cultural faz de nossos trabalhos uma conquista.

Pode-se dizer que a década de 1970 foi o ápice da descoberta e revolução artística latina americana. Nesse período encontram-se artistas como, Helio Oiticica, Darcy Ribeiro, Oswald Andrade, Ferreira Gullar, Frida Kahlo que desenvolveram grande notoriedade por suas obras e experimentações ao longo doas anos, poesia, critica, arte geral e “universal”. No Brasil o movimento Modernista (Tropicalista, Antropofágico singular- porque somos mistura, todos em um só), nos alimentou de história brasileira, as tentativas, os primeiros passos, a construção. Não se pode negar também, que os anos 40 foram beneficiados pelos movimentos vindos do outro lado do oceano, pós guerra.

Fazendo um paralelo com a arte atual contemporânea, onde novos caminhos e descobertas estão se formando, ações e tendências se firmando, movimentos surgindo, levam meu pensamento ao conceito dessa arte latina, que assim como na sua historia cultural, carrega em sua historia artística o peso e o dever do social, o pensar coletivo e o enaltecer de suas tradições.

A busca da identidade do individuo miscigenado, a construção do ser latino americano, que terá suas influencias européias, mas que mostrará o exotismo e o agressivo de uma raiz tão onipotente. Delimitar os limites de sua independência, mas intercambiar com as outras nações.

Desconstruímos o pré-estabelecido numa ruptura de paradigmas artísticos, influenciáveis, porém únicos em nossa arte.


Resenha Crítica(ou seja lá o que for isso)sobre texto Reescrevendo a Historia Latino Americana, de Frederico Morais.

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