sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

[E meus olhos quase se fechando de sono]

E quando acredito que minha compreensão sobre arte chegou a um ponto bacana para formular novos conceitos, me perco no emaranhado de idéias que percorrem meu universo.

Se fosse fácil, faria cônicas, se a simplicidade estivesse a minha porta, produziria mais, se o questionamento do medo não existisse, voaria. Na arte tudo acontece e quando não acontece algo preocupante ronda os pensamentos alheios, alheios ao conhecimento óbvio, ao estudo secundário, a produção inerente ao contexto mercadológico.

Vejo-me longe, falando sobre o seu trabalho, sobre sua pesquisa, sobre a porcaria que você nomeia de obra de arte. E você, me perguntando se a tosca da minha pequena produção já colocou zeros no meu ourocard.

Você acredita nisso?
Da forma com caminhamos, eu acreditaria.

Hoje prestes a enxergar por completo meu trabalho, o medo dele não ser coerente e não ser acadêmico pulsa meu peito. Acredito nele, como acredito em tudo aquilo que faço, mas o medo do engano existe. Mas, ok!

Projeto-me num futuro próximo, conhecendo a África, me vejo como produtora de cultura, cultura que para alguns % da população é vaga, é marginalizada, mas é vista. Vejam, e vejam em todos os lugares. Porque alguns trabalhos, não-arte, vocês verão em grandes espaços e pequenos trabalhos sem nome nos espaços do qual fazem parte, pertencem.

Ah, visitem bons lugares que acolham bons trabalhos também, irei escrever sobre eles, artistas de ideais, artistas de ponta de pé, artistas que se formaram artistas, artistas que dialogam com o contemporâneo. Artistas da arte.

No convívio diário com pessoas de opinião, cresço. Vejo que podemos ser instigadores de reflexões e mesmo com discursos distintos a santa comunicação ocorre de forma clara, todos podem compreender ou pelo menos se esforçam para. Do palavreado rebuscado as grandes utopias da vida urbana.

Que bom não vivermos em um filme mudo e que o som faça parte da cena cotidiana, que desse entrelaço cultural possamos desenhar um mundo ideal em nossas mentes e construí-lo com nossos braços.

Idéias fervilhando, criticas apontando e falta de tempo me angustiando.

Já entenderam?! Nada de cervejas.

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