sábado, 6 de dezembro de 2008

o amor na contemporaneidade

Tento mas não consigo. Impressionada fico com o caráter do sentimento humano. Ao que tudo indica deslumbro um abismo nas emoções. Sentimentos [dis]pares, desconexos, pervertidos. Sentimentos que fazem chorar, rir e sentir prazer no sofrimento. Possível, cotidiano e repugnante. O homem contemporâneo não ama não se apaixona e busca levar uma vida independente. A mulher independente na contemporaneidade busca o que no homem atual não acha. Encontra outra mulher. O sentimento puro na sociedade ambígua, que massacra e incomoda. Pessoas se fecham em um mundo particular, não se apegam, sentem medo e sofrem. Sozinhos no quarto escuro do temor. O amor moderno não existe, fala-se demais, brincam demais. Quando vemos já estamos bêbados de um sentimento que não queremos, embriagados na noite suja da solidão. Ninguém se fala, se olham, mas nada fica claro. Pensar e fazer estão distantes nos pseudo-s amores, mentiras. Para se justificar mascaram a realidade banal que se tornou sua vida. Enfeitam um romantismo inexistente para assim se acharem machos. Maricas. Homens e mulheres que não sabem amar. Enganam-se. Arriscam-se nas liberdades viris que acreditam ser importantes. E ai, nos enrolamos nas nossas próprias ações, gerando frustrações e o crescimento pela dor. Aprender com os sentimentos tão miscigenados do homem contemporâneo. Acredito que nunca vou entender a insensibilidade humana em tratar outro humano. Viver em bolhas ariscas revertendo uma aproximação. O não amor reina no relacionar-se sem vínculos. Coitados.

Um comentário:

vanessa panambi. disse...

essas formas-pensamentos têm sido bem frequente pra mim ultimamente, e olha só onde os ventos me trouxeram!
adorei a forma como vc escreve...
beijos de luz!